초록 열기/닫기 버튼

O presente artigo apresenta uma análise simbólica sobre o papel da comida na obra Gabriela, cravo e canela: crônica de uma cidade do interior, do escritor brasileiro Jorge Amado. Ambientada em contextos socio-históricos da região do cacau, Ilhéus, quando passava por bruscas tranformações da sociedade moderna, por volta do ano 1925, a obra procura valorizar a cultura baiana e a mestiçagem que para o autor significavam uma espécie de laboratório para refletir sobre o Brasil e sua identidade cultural híbrida. Já que o modo de dizer apóia sempre o tema narrado, o autor opta pelo gênero literário crônica que oscila entre a literatura e o jornalismo, e por conseguinte acaba mostrando também o caráter híbrido. Pelo fato de estar tão perto do dia-a-dia, sua crônica da comida nos ajuda a ver as coisas com retidão e reconhecer sua verdadeira natureza. Ora, ela nos possibilita estabelecer ou restabelecer a dimensão das coisas e das pessoas. Levando-se essas considerações, o artigo pretende abordar a culinária amadiana tanto como forma de interação na sociedade brasileira quanto como forma de despertar através dos sentidos a possibilidade de (re)construções simbólicas e de identidades culturais.